Dois dias em Estrasburgo (Strasbourg)

Totalmente diferente das pequenas cidades da região da Alsácia, Strasbourg não deixa de ter seu charme. Ela tem cara de cidade grande e funciona como tal, mas com aquele ar pitoresco de cidade do campo que encanta. O transporte público funciona super bem e facilita muito os acessos aos pontos turísticos. Mas a melhor forma de conhecer a cidade é, sem dúvidas, caminhando por ela. E foi o que a gente fez durante os dois dias que passamos por lá.

Ficamos hospedados no Hotel Mercure – tem mais de um na cidade, mas escolhemos este aqui pela localização: ótimo acesso ao transporte público da cidade e há mais ou menos quinze minutos de caminhada de pontos turísticos como a Ópera e a Praça da República.

Primeiro Dia (que foi apenas algumas horas, mas tá valendo)

Nós chegamos a Strasbourg por volta das 18 horas da sexta-feira. Como estávamos em plena primavera, o sol só ia embora por volta das 21 horas. Tivemos então tempo suficiente para um banho antes de sair para o jantar. O jantar foi em um simpático restaurante (La Marseillaise) ali na Place Broglie. Meu prato foi uma salada acompanhada de um camembert frito simplesmente maravilhoso! Fomos super bem atendidos, a comida estava ótima e a dona do restaurante ainda ficou distraindo a Giovanna para que eu pudesse comer tranquila. Fofa, né? Super recomendo.

Na volta, aproveitamos para tirarmos as fotos noturnas da Praça da República e seus arredores. Iluminadas, as construções ficam ainda mais imponentes. Mas com bebê não dá pra abusar até muito tarde na rua, né? Então foi só o tempo de tirar umas fotinhas mesmo e pegar o próximo tram até o hotel, pois embora fosse perto, já estávamos bem cansadinhos pra caminhar também – e tínhamos dois dias ainda pela frente.

Segundo Dia

Quando estamos na França ou na Itália, dificilmente a gente pega o café da manhã no hotel. É que as padarias locais são tão boas e de preços tão melhores que a gente prefere comer na rua mesmo e explorar mais essa parte da culinária local. Com a Giovanna, no entanto, esse hábito tem mudado. A gente acaba preferindo comer no hotel para ter mais tempo de conforto com ela até a hora de ganhar a rua.

O legal do Mercure foi que ele ofereceu uma opção mais barata de café da manhã que, na nossa opinião, super valeu a pena. Por 8 euros, você se farta com esse pratinho de pão e croissants e tem direito a duas bebidas, sendo uma quente (café, cappuccino ou café com leite) e um suco de sua preferência (laranja ou maçã). O preço do café da manhã no buffet era de 23 euros por pessoa, o que achamos bem carinho, ainda mais considerando que ficamos dois dias por lá. O café econômico, para nós, compensou e muito – e não deixou nada a desejar. Fica a dica!

Café econômico

Esse é o café econômico do hotel (faltou a bebida quente na foto, sorry!).

Começamos os passeios do segundo dia pela Pont Couverts, imagem que ilustra muitos cartões-postais de Strasbourg. Não é pra menos! A ponte é constituída por quatro torres que datam do século 14 e o lugar é lindo a qualquer hora do dia, além de ser porta de entrada para o bairro Petite France, o queridinho de Strasbourg e nosso destino seguinte. Dica importante: para se conseguir uma boa foto da Pont Couverts, você precisa ir para o outro lado, na Barrage Vauban (veja a foto abaixo) . Isso vale para qualquer hora do dia. E sim, vale a pena voltar à noite para ver tudo iluminado refletindo nas águas dos canais (nós voltamos). Cenário perfeito!

Pelas ruas do Petite France, é impossível você não querer parar o tempo todo pra tirar fotos. É também ali que você vai encontrar restaurantes super charmosos e convidativos para uma bela refeição ou um simples apéro. Nós aproveitamos a oportunidade do Petite France para experimentar a famosa Tarte Flambée, gourmandise recomendada da região. A Tarte Flambée é parecida com uma pizza, mas de massa mais fina e crocante. Os recheios variam, mas a tradicional é composta por bacon, cebola e uma combinação de queijos que literalmente derretem na boca. Dá pra passar o dia comendo (e voltar de Strasbourg rolando, mas tudo bem rsrs). Nossa escolha foi o restaurante Le Thomasien, lugar agradável e com boa estrutura para crianças (cadeirão e trocador se tornam pré-requisitos quando se viaja com bebê).

O Petite France é encantador e você sai de lá com uma lista de lugares para voltar (eu mesma escolhi os restaurantes para as próximas refeições nesse primeiro passeio que fizemos pelo bairro). Visitamos a igreja St Thomas e rumamos para as ruas do centro, não sem antes pararmos para fotografar as casas decoradas e lojinhas de souvenirs ainda ali, no Petite France.

No centro, visitamos a Galeria Lafayette pro marido comprar meu presente de Dia das Mães. Era no dia seguinte e, embora ele já tivesse comprado um presente, a pedinte aqui ganhou mais um rsrs. Seguimos em direção à Catedral de Strasbourg (Catedral de Notre Dame), passando pela Place Guthenberg. Embora eu tenha lido que a visita à Categral é obrigatória, confesso que a parte externa me impressionou muito mais que a interna. Mas é claro que vale entrar e contemplar os vitrais e todo o estilo romântico-gótico que ela tem.

Tanto na praça Guthenberg quanto na praça da Catedral, você vai encontrar muitas lojinhas de souvenirs e poder apreciar muitos artistas de rua. Dá pra ficar horas por ali… Mas a gente preferiu dar um pulo no hotel, tomar um banho, descansar e proporcionar um pouco de descanso pra nossa pequena viajante. Afinal, queríamos voltar para ver a Pont Couverts iluminada. Por isso escolhemos um restaurante ali pertinho, o Marco Polo. Não foi a melhor experiência gastronômica de Strasbourg, mas valeu pela vista e localização. E sim, nós conseguimos as fotos noturnas que tanto queríamos das torres da ponte e também da barragem. É ou não é de cair o queixo de tão lindo?

Terceiro Dia

Strasbourg é, desde 1992, a sede do Parlamento Europeu. Como a ideia era vir embora após o almoço, começamos o dia passando pelo prédio do Parlamento. Ele pode ser visitado, mas justamente nesse dia estava rolando uma manifestação (a França é cheia disso) e o lugar estava lotado. Pelo que entendemos, alguns partidos franceses estavam protestando para que Strasbourg deixe de ser a sede do parlamento, uma vez que isso gera muito custo para a França. Bem… vamos deixar essa discussão pra eles, né? O fato é que com isso nós só tiramos foto ali, do lado de fora do prédio (que é lindo, por sinal). Seguimos então para o centro da cidade novamente para almoçar com alguns amigos que também estavam passando por Strasbourg.

No caminho para o centro, ao passarmos pela Place de la République, outra movimentação diferente estava acontecendo. Claro que paramos para assistir, pois parecia algo importante (e era). Estavam presentes a marinha, a aeronáutica e o exército franceses, figuras públicas discursando e, claro, alguns manifestantes mais afastados. A solenidade era em comemoração aos 71 anos de libertação francesa em relação ao nazismo da 2a Guerra Mundial. Os manifestantes, no entanto, lembravam que a França celebrava a libertação, mas ainda massacra outros povos. É a interminável discussão que tanto temos presenciado ultimamente. De novo não vamos discutir isso aqui, pois isso não é o objetivo deste blog, certo? Mas este evento nos rendeu boas fotos de uma solenidade francesa, algo bem interessante de se presenciar.

Nossa última refeição em Strasbourg só poderia ser de novo no Petite France regado a mais Tarte Flambé e um bom vinho da região. Mas só uma tacinha, pois logo pegaríamos estrada pra voltar pra casa. O restaurante da vez foi o Au Pont St Martin (esse charmosérrimo da foto aqui embaixo, com direito a vista para o canal e a Ponte St Martin). Demos mais uma voltinha por ali, na Grand Île de Strasbourg e nos despedimos da cidade com aquele gostinho de quero mais que ficou em todas as cidades da região da Alsácia. (Veja os outros posts dessa viagem aqui e aqui).

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Vou terminar meu post com uma citação do blog Eu ando pelo mundo, da querida Ju Guimarães, pois não vejo maneira melhor para falar de Strasbourg. E já que muitas dicas eu peguei lá (valeu, Ju!), fica aqui a nossa impressão compartilhada! Até a próxima, e… voilà!

Bem, Strasbourg é uma cidade para se conhecer! A delicadeza dos seus canais, a miscigenação cultural – Alemanha/França, novo/velho, seus bairros, a gastronomia, a sua autenticidade, e tudo o mais que deixa esta cidade aconchegante e acolhedora fazem com que, quem a conhece, não a deixe de recomendar.

(Mais dicas de Strasbourg em www.euandopelomundo.com)

*Viagem realizada entre os dias 5 e 8 de maio de 2016.

 

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