Dois dias em Lisboa

Lisboa em dois dias: veja aqui como foi conhecer Lisboa com criança.

Primeiro Dia:

Saímos cedo de Genebra e chegamos a Lisboa 8h30 da manhã, um bom horário para poder aproveitar de cara o dia. Deixamos as malas no hotel (pra quem não leu sobre o hotel, só clicar aqui) e seguimos para o centro da cidade para decidir por onde começaríamos o passeio. No caminho, uma parada para café da manhã com um pastelzinho de nata, por favor. Ah, os pastéis de nata de Lisboa… Em toda padaria você encontra essa delícia e dá vontade de passar o dia comendo. Devo ter engordado uns 5 kg nessa viagem, sem brincadeira (tudo por causa do bendito pastel de nata).

Chegamos ao centro e decidimos comprar os tickets para o ônibus turístico, aqueles que fazem o CitySeeing, sabem? Parecia um bom negócio, pois você paga o bilhete que vale por 24 horas e pode usar o ônibus para se deslocar entre um ponto turístico e outro. Pegamos o Lisbon Tour e infelizmente nos arrependemos. Com criança acabou não sendo uma boa opção, pois o ônibus balança muito, fica bem difícil estar bem acomodado com um bebê no colo e a viagem até certos pontos é bastante longa. Sem contar que fazia muito calor e não sei o que era pior: ficar na parte externa do ônibus, pegando sol, ou na parte interna que não contava sequer com um ar condicionado. Escolhemos um destino final para descer e depois disso usamos Uber para todas as nossas movimentações, o que foi excelente.

Bom, o destino escolhido foi Belém, parada extremamente acertada para começarmos o tour. Almoçamos no restaurante próximo às barraquinhas de souvenir e fizemos uma comprinhas antes de seguirmos para a sessão de fotos. Belém é um lugar simplesmente encantador, principalmente pela beleza da Torre que ilustra diversos postais do local. Não visitamos a torre pois havia muita fila e imaginamos que seria bem difícil fazer o tour com a Giovanna no carrinho, certo? Então apenas tiramos fotos ali de fora, fomos até a entrada do Museu do Combatente e seguimos para o Mosteiro dos Jerônimos.

Do Mosteiro, fomos para um lugar que é parada obrigatória: a fábrica dos Pastéis de Belém. Gente, o que é esse lugar? A casa é linda e fabrica os melhores pastéis de Belém da vidaaa! E você pode acompanhar o processo de fabricação, dependendo dos horários que chegar. Nós não chegamos a ver muita coisa, pois estava lotado (acredito que seja sempre assim) e queríamos sentar para tomar um café, comer e proporcionar um descanso pra Giovanna, que aproveitou pra tirar uma soneca. E quando acordou, tive que segurar, pois ela só queria correr pra todo lado.

É possível tanto comer no local como levar pra casa, mas já fique sabendo que tem fila para ambos. A fila para levar chega a virar a esquina… Mas vale a pena esperar, pois são os melhores pastéis de nata que você vai comer em Lisboa, vai por mim! E eles têm outras delícias também, então prepare-se para começar a orgia gastronômica ali mesmo.

Voltamos para o hotel para nos arrumarmos para o jantar, pois tínhamos reserva para um típico jantar português com direito a show de Fado e tudo mais. Uma experiência que recomendo para quem visitar Lisboa. Fomos ao Restaurante Severa, indicação do hotel. Gostamos da comida e do show, mas depois soubemos que existem opções menos turísticas e mais baratas. #ficaadica

Segundo Dia:

O segundo dia foi dedicado ao centro de Lisboa e ao famoso bairro do Chiado. Começamos o dia visitando a Sé de Lisboa, também conhecida como Igreja de Santa Maria Maior, uma construção do século XII que impressiona mais por dentro que por fora. Como não pegamos o café da manhã do hotel, saímos de lá famintos e paramos no primeiro Café que encontramos no caminho. Que sorte a nossa ser a Rainha Dona Amélia, uma tradicional confeitaria portuguesa que serve um farto café da manhã: as famosas tostadas (parecem o nosso bauru, mas em tamanho família) e pastéis de nata, claro.

De lá seguimos em direção ao Bairro do Chiado, passando antes pela Praça do Comércio. Ali, a gente se sente no Brasil mesmo até pelo nome das ruas: Rua da Conceição, Rua Augusta, dentre outras. E é ali na Rua Augusta que fica a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, lugar onde comi o melhor bolinho de bacalhau da minha vida!!! Ele é servido quentinho, tem um tamanho generoso e com uma deliciosa surpresa: recheado de queijo da Serra da Estrela. Na boa, é pra comer de joelhos. E eu tinha acabado de tomar café da manhã, heim? Mas não resisti! Estão lembrados daqueles 5 kg? Acho que calculei errado… Podem jogar mais 5 pra conta dos pastéis de bacalhau com queijo da Serra da Estrela. Porque nós não nos contentamos com esses e voltamos pra comer mais depois. #vaigordinha

Essa parte é conhecida como Baixa de Lisboa e desperta na gente uma grande vontade de estudar história de novo, entrar em todos os museus e lembrar nossas origens. Afinal, a história do Brasil passa pela história de Portugal. Marido e eu até fizemos um pacto de voltarmos quando Giovanna for maior para visitarmos os museus com ela e ensinar aquilo que aprendemos na escola. Afinal, não sabemos se ela aprenderá sobre isso, uma vez que nos encontramos fora da pátria. Tiramos fotos ali na Praça do Comércio e no Arco da Rua Augusta e seguimos então para o famoso Chiado.

Ah, o Chiado… A Praça de Luiz de Camões, a estátua de Fernando Pessoa na porta do Café A Brasileira e a Bertrand, a livraria mais antiga do mundo… Dava pra passar o dia ali no Chiado e ainda querer mais. Sem contar nas igrejas lindas que têm por ali (visitamos duas e saímos encantados com tanta beleza). O Chiado é, sem dúvidas, parada obrigatória pra quem visita Lisboa. As construções são de encher os olhos e o clima do bairro é extremamente agradável.

Descemos em direção ao Rossio, praça de D. Pedro IV, passando mais uma vez pela Rua Augusta e comendo mais uns bolinhos de bacalhau. Sim, a gordinha estava atacada! De lá, pegamos um uber para o Oceanário de Lisboa, passeio delícia para se fazer com criança. Giovanna se divertiu horrores vendo os pinguins e nós nos encantamos pela exposição temporária das Florestas Submersas. Valeu a pena a visita. Giovanna estava dando seus primeiros passinhos solta e aproveitou a parte externa do complexo que abriga o Oceanário. Dá-lhe cliques pra registrar esse momento delícia da viagem!

Terminamos o dia no Miradouro de Nossa Senhora do Monte, um lugar onde se tem uma vista espetacular de Lisboa. Ficamos até o pôr-do-sol babando na paisagem que esse mirante proporciona. Lisboa tem váaaaarios miradouros e vale a pena escolher pelo menos um para poder admirar a cidade do alto. E eu acho que acertamos em cheio na nossa escolha. Conheça outros miradouros aqui, no Cultuga, um blog com super dicas de Portugal que eu recomendo.

Como deixaríamos Lisboa no dia seguinte, optamos por jantar mais cedo e só seguir para o hotel depois. E advinhem onde escolhemos jantar? Ali na Rua Augusta, de novo! Mas dessa vez não comemos bolinho de bacalhau não… Ficamos no restaurante em frente à Casa Portuguesa do pastel de Bacalhau (ah! A gente chama de bolinho, mas os portugueses chamam de pastel, ok?) e comemos um belo bacalhau grelhado regado a um bom vinho verde português. Pra fechar as gordices, quero dizer, as orgias gastronômicas com chave de ouro.

Tivemos ainda um dia em Fátima, mas este passeio e a volta a Lisboa eu conto no próximo post, tudo bem? Então até breve e… voilà!

*Viagem realizada entre os dias 17, 18 e 19 de setembro de 2016