Como comentei no post anterior, o primeiro resfriado não foi apenas um resfriado. Mas só ficamos sabendo disso 3 dias depois da consulta com a pediatra. A consulta foi numa sexta-feira. O final de semana foi sem progressos: o nariz continuava muito entupido e a febre persistia. Na segunda-feira de manhã, a surpresa desagradável: o ouvido estava com uma secreção enorme e ela não deixava a gente nem chegar perto. Não tive dúvidas, liguei imediatamente para a médica. A secretária já me assustou dizendo que, pela minha descrição, o tímpano devia estar perfurado. Imaginem como meu coração ficou! Junto do susto, um bálsamo: embora a pediatra da Giovanna não estivesse atendendo naquele dia, a outra médica da clínica poderia examiná-la logo no início da tarde. Na consulta, o diagnóstico que já prevíamos: otite. O simples resfriado gerou uma baita infecção no ouvido. E sim, o tímpano estava perfurado. A médica me tranquilizou (pelo menos tentou, porque tranquila mesmo eu só fiquei no retorno com a confirmação de que está tudo certo) dizendo que ele se reconstrói, que isso acontece mesmo em algumas otites. E receitou o primeiro antibiótico da vida da Giovanna. Foram 10 dias e parecia que ela estava melhor. Viajamos para Dubai, como já havíamos programado, aproveitando o feriado de Páscoa. Ela ficou super tranquila durante a viagem, não deu trabalho nenhum nos voos, mesmo estando com o ouvido inflamado (os detalhes dessa viagem logo estarão lá no Mundo Afora). Porém, na sexta-feira seguinte ao nosso retorno, ela amanheceu com o narizinho escorrendo de novo. Meu instinto materno deu aquele grito e liguei imediatamente para a pediatra. Consegui o rendez-vous (é assim que falamos em francês) para dali uma hora, o que me fez correr um bocado, já que moro há meia hora do consultório. Durante a consulta, 38,8 de febre (de novo!) e a constatação de que a infecção não tinha sarado. A médica explicou que são três bactérias que causam a otite e que, muitas vezes, uma delas resiste ao antibiótico. E lá fomos nós para mais 10 dias de antibiótico, um outro mais forte dessa vez. A coitadinha não podia mais ver seringa ou colher de remédio na frente dela. Foi duro, mas graças a Deus passou. E só confirmou minha teoria de como é dolorido ver o filho doente… Eu já tinha ouvido falar de como a otite é sofrida e pude constatar. E eu achava que a otite aparecia quando a gente deixa entrar água no ouvido, mas este é só um dos cuidados que se deve ter para evitar a infecção. Fiz um outro post pra explicar tudo o que aprendi sobre otites e resfriados (mãe é assim, quando o filho fica doente, ela vira perito naquela doença, não é mesmo?). São dicas e informações que me foram úteis e espero que possam ajudar as mamães que venham a enfrentar algo semelhante – embora eu continue dizendo que não desejo isso a ninguém! Clique aqui pra conferir e, caso você tenha algo a acrescentar, não hesite em deixar nos comentários.