Antes de contar nossa próxima viagem com a Giovanna, vou deixar aqui algumas dicas para quando se viaja de avião com bebê. São coisinhas simples, práticas, mas que para nós deram muito certo e já colocamos em prática mais de uma vez. A primeira viagem de avião da Giovanna foi para o Brasil. Infelizmente foi uma ida inesperada: antecipamos praticamente dois meses a viagem para o Natal devido ao falecimento repentino do meu sogro… Então não tivemos nem cabeça para registrar essa primeira viagem como gostaríamos… Fiquei também bastante preocupada com o tempo de voo e como seria isso para a Giovanna, pois ela estava com apenas 3 meses e já enfrentaria 12 horas de voo. Graças a Deus correu tudo bem, e algumas dicas que recebi foram essenciais para que tudo fosse o mais tranquilo possível, apesar de todas as circunstâncias do nosso emocional. Dicas essas que partilho aqui com vocês.
Planeje os assentos no avião: Primeiramente, se você vai viajar de avião com um bebê, verifique se a companhia aérea disponibiliza berço móvel. Sabem aquelas primeiras fileiras do avião, na classe econômica mesmo, mas que têm um baita espaço para as pernas? Normalmente aqueles assentos são reservados para famílias que viajam com bebês, pois é ali que eles colocam esse bercinho móvel que é um santo aliado para um voo longo. Mas é preciso solicitar quando comprar as passagens ou, no máximo, no momento do check-in. Faça o quanto antes, pois algumas companhias aéreas vendem esses lugares para passageiros “comuns” e isso pode dificultar um pouco na hora de conseguir o santo bercinho (tivemos esse problema no voo de volta de Dubai, mas conto isso em outra oportunidade). Reservado o bercinho, sua viagem será bem mais tranquila, pode acreditar. Detalhe importante: este berço só é disponível em voos mais longos, ok? Em aviões maiores. Por exemplo: nosso trajeto para o Brasil foi Genebra-Lisboa e Lisboa-São Paulo. De Genebra pra Lisboa não tem berço, o bebê viaja no colo e você recebe um sinto adicional para segurá-lo junto ao seu sinto de segurança. O berço foi para o voo Lisboa-São Paulo e só é instalado depois da decolagem. Ah! Se houver qualquer turbulência durante o voo, você precisa tirar o bebê do berço e acomodá-lo em seu colo, com o uso do sinto de segurança.
Check-list: essa é uma dica minha para qualquer tipo de viagem. Eu tenho mania com listas e acho que elas são verdadeiras aliadas. Sempre faço uma lista das coisas que quero levar, das coisas que preciso providenciar para a viagem e vou ticando à medida que termino. Ajuda muito para não esquecer coisas importantes, como passaportes, por exemplo. Você não vai querer chegar ao aeroporto e perceber que deixou os passaportes em casa…
Carrinho: a maioria das companhias aéreas permite que você vá com o carrinho até a porta do avião. Ali eles embalam e despacham para você retirar também no momento do desembarque. Isso facilita muito para as conexões mais longas. Verifique se a companhia que você está viajando permite esse serviço, se ele é gratuito, etc. Na maioria das vezes é, mas nunca se sabe. Em voos no Brasil, por exemplo, o carrinho conta como uma bagagem e isso pode dar alguma dor de cabeça na hora de despachar as malas.
Bagagem: como o bebê não paga passagem, ele não tem direito a bagagens, o que faz com que a gente passe a diminuir a nossa para poder levar as coisas dele. Nada que a gente não se adapte, não é mesmo? Mas podemos (e devemos!) levar uma mala de mão com as coisas que o bebê vai precisar durante o voo. Meu conselho é colocar bastante fraldas (a gente nunca sabe quantas serão necessárias). Em um voo longo, eu coloco umas 10 na bolsa de mão e ainda abasteço a minha mochila com mais algumas, pensando no momento da chegada ao destino (facilita muito ter as fraldas em um local mais acessível). Recomendo umas 4 ou 5 trocas de roupa diferenciadas. Para o voo, é bom colocar uma roupinha confortável e quentinha, pois o ar condicionado do avião é sempre forte. Mas não precisa empacotar o bebê, pois espera-se que ele durma, certo? Quando dormir, você vai colocá-lo no bercinho e cobri-lo com uma mantinha, o que vai mantê-lo aquecido durante o voo. Se o lugar que você está indo estará calor, pense em levar umas 2 ou 3 trocas mais fresquinhas para o momento do desembarque.
Alimentação: se o bebê já come ou mama fórmulas, é permitido levar na bolsa as comidas/bebidas dele. Você vai ter que retirar tudo no momento de passar no raio X, mas este é o menor dos inconvenientes. Acho prudente carregar o lanchinho do bebê, assim você mantém a alimentação dele com aquilo que ele está acostumado e evita outros transtornos, como uma possível diarreia ou vômitos, não é mesmo? O que a gente menos quer em uma viagem é um grande imprevisto, então planeje-se e prepare a lancheirinha do seu baby.
Nas conexões: nem sempre a conexão oferece tempo suficiente para você trocar o bebê com calma. Previna-se e, se for o caso, troque no avião minutos antes de começar a descida. Se você não levou o carrinho (seja lá por qual motivo), considere levar um sling ou canguru. Facilita muito na hora de carregar o bebê durante a conexão, principalmente em conexões mais rápidas (fizemos isso na nossa ida pra Dubai e foi ótimo, vou contar depois os detalhes).
Decolagem/Pouso: aqui vai a dica mais importante, na minha opinião. Giovanna já fez duas longas viagens e já somou um total de 10 voos. Como ela ainda mama em mim, nos momentos de subida ou descida do avião, ela é colocada no peito pra mamar. O movimento de sucção faz com que a pressão no ouvido não seja incômoda (a gente muitas vezes masca chicletes, não é mesmo?). Caso o bebê não esteja mais mamando no peito, experimente dar uma mamadeira ou chupeta. O importante é que ele faça o movimento de sucção. Giovanna nunca chorou em decolagem ou aterrissagem e acredito que seja este o motivo: ela sempre está mamando e, muitas vezes, até pega no sono.
Durante o voo: as companhias aéreas normalmente dão brinquedinhos e joguinhos para distrair as crianças e bebês. Mas considere levar aquele brinquedo que ele já gosta, que distrai e acalma nos momentos de algum stress. Sempre levo umas duas pelúcias, de preferência aqueles que sei que ela gosta e se distrai ao segurá-las. Livrinhos e brinquedos musicais também são fortes aliados. Nós somos adeptos aos filminhos, então também costumamos abastecer nossos tablets e celulares com os vídeos preferidos dela (Mundo Bita, Palavra Cantada, Bob Zoom e a santa Galinha Pintadinha fazem parte do nosso playlist). E não se esqueça de verificar a bateria desses eletrônicos, heim?
Agora, o mais importante: tenha em mente que bebês choram. Não ligue para a cara feia que os outros passageiros farão pra você na fila de embarque ou até mesmo dentro do avião (sim, muita gente te olha torto, com certeza pensando que você é louca, insana e irresponsável por viajar com uma criança tão pequena que vai chorar e atrapalhar o voo dos demais inocentes passageiros). Faça cara de paisagem e curta sua viagem. Passe tranquilidade para seu bebê e, se ele chorar, paciência. Não se culpe. Eu enfrentei cara feia em todos os voos que fiz com a Giovanna até hoje, e no final vinham elogiar dizendo que minha filha era um anjo, que não dá um pingo de trabalho e blá blá blá… (graças a Deus Giovanna dorme no avião melhor até do que dorme em casa). Mas se esse não fosse o caso, também não ligaria. Afinal, viajo porque gosto e também porque preciso. Pago minhas passagens como todos os outros passageiros. Faço o possível para que minha filha tenha uma viagem tranquila para o bem DELA. E ponto. Acho que se você se planeja, passa tranquilidade para seu filho e se concentra no bem-estar de vocês durante o voo, não tem por que dar errado. No mais, curta a viagem. Seu filho vai crescer e não vai ser sempre que você vai ter a oportunidade de viajar com ele agarradinho em você e ainda economizando uma passagem. Então prepare tudo com antecedência, no momento do voo afivele os cintos, abrace seu bebê e relaxe… voilà!