E já que vamos recordar Veneza, vamos lembrar de tudo, inclusive do caminho que fizemos para chegar até lá. Depois disso, já utilizamos essa mesma estrada várias vezes e sempre fico encantada com o que vejo. Vamos voltar comigo a este passeio de setembro de 2013? O texto mais uma vez tem edições, pois eu não resisto em colocar alguns comentários…
Hoje começo a saga de postagens com os relatos de nossa viagem para Veneza. Foram apenas 3 dias por lá, mas tenho muito a contar sobre essa minha primeira ida à Itália. Sempre sonhei com o dia de conhecer esse país e era por Veneza que eu queria começar. Então minha alegria em realizar esse sonho foi imensa! Outra grande satisfação foi que, pela primeira vez, eu fiz o roteiro de uma viagem! Pesquisei em blogs, sites de viagem e o resultado foi bom, como vou mostrar aqui (isso virou um vício). Com alguns erros, mas quem nunca errou ao escolher algo para um roteiro de viagem que atire a primeira pedra! (E sim, eu continuo errando kkkkkk. Mas o bom do blog é que eu conto os meus erros para vocês fugirem deles, né?)
Mas a primeira postagem vai ser somente sobre o trajeto, pois viajar de carro pela Europa merece uma postagem especial. Fizemos o mesmo processo de locação de carro (quem ainda não sabe como é, não deixe de ler a postagem Alugando Carro lá no Vida Suíça) e saímos de Vevey rumo à Itália na sexta-feira, 13/09, por volta das 18 horas. Dessa vez, viajamos em um Golf que era pra ser da mesma categoria do carro anterior, mas que veio com alguns upgrades – e pelo mesmo preço! Bom pra nós! Como já imaginava, a beleza do percurso compensa o cansaço de viajar de carro. São 5 horas – sem contar as erradas e perdidas – de uma paisagem perfeita! Já está escurecendo mais cedo, mas conseguimos percorrer umas duas horas do trajeto ainda com a luz do dia, como havíamos programado. Para sair da Suíça, é necessário subir uma serra que me lembrou a de Ubatuba que passa por Taubaté: as curvas fazem um U e é possível você ver cada trecho já percorrido e o que ainda está por vir. Dá um medinho, mas as montanhas ao redor e a emoção de chegar a quase dois mil metros de altitude é fascinante. O GPS do carro nos informava a altitude que estávamos (na foto, 1424, mas chega a 1988) e a mudança na temperatura externa (caiu de 18 para 7 graus). E foi incrível observar que algumas montanhas já acumulam geleiras no topo. “The winter is coming”, tenho dito!
Os túneis são outras atrações do trajeto. A Suíça é mestre nesse tipo de obra e preserva mesmo as montanhas na hora de construir estradas. E tem de tudo: desde túneis pequenos que preservam trechos menores de vegetação – mas preservam – a túneis enormes, como o de 18 km que marca a divisa Suíça-Itália. Uma estrutura linda e impressionante! Em alguns trechos, a lateral do túnel é aberta e é possível contemplar a paisagem, inclusive uma barragem cinematográfica (infelizmente, impossível fotografar com o carro em movimento). A qualidade das estradas também é admirável, mas paga-se caro por isso. Pagamos pedágios dos mais diversos valores, variando entre 10 e 30 francos/euros. Mas não tem nem como reclamar, já que a pista é impecável e os trechos em obra perfeitamente sinalizados – um deles tinha até um semáforo no meio da rodovia.
Os pedágios italianos é que são um pouquinho complicados. As cabines são todas automáticas e você paga por quilômetro rodado (me parece que esse sistema de km rodado está sendo implantado no Brasil, mais especificamente na Santos Dumont, não tenho certeza). Isso significa que, ao entrar na rodovia, você retira um ticket que marca o horário em que você passou por aquele trecho. Nas saídas da rodovia, há outros postos – também automáticos – onde você faz o pagamento para seguir viagem. Prático (para eles), mas um pouco complicado pra nós. Nem sempre a máquina colabora com a leitura do bilhete, não há ninguém por perto para ajudar e, por isso, tivemos alguns problemas na hora de pagar um dos pedágios na ida. Virou até piada depois, pois no desespero, começamos a businar para ver se aparecia alguém de um dos guichês. Felizmente veio um italiano calmo e simpático que nos informou que era possível pagar na volta, não havia com o que preocupar. Ufa! Achamos até que era ignorância nossa não conseguir pagar, considerando que no pedágio seguinte deu tudo certo. Foi um alívio ouvir de um italiano no hotel que até para eles esse sistema é complicado e às vezes dá errado. (Mas aprendemos. Nas próximas idas à Itália já estávamos craques com os pedágios rsrs)
Mas tirando o pedágio e as confusões (poucas) que o GPS fez com o trajeto (essa parte nós não aprendemos, já nos perdemos outras vezes pelas estradas italianas!), sobrevivemos e chegamos por volta de meia-noite em Pádova, onde havíamos reservado hotel. Explico: os hotéis em Veneza são MUITO mais caros e, durante minha pesquisa, vi que chegar até lá de carro não é tarefa fácil (na verdade, é tarefa praticamente impossível considerando a estrutura da cidade). Mas essa parte eu vou deixar para o post seguinte. Fica por enquanto o registro de nosso trajeto com algumas fotitas para ilustrar. Arrivederci e… voilà!
PS1: Viagem realizada do dia 13 ao dia 16 de setembro de 2013, texto feito no dia 17/09/2013.
PS2: AS fotos não são das melhores, pois na época estávamos com uma câmera beeeemmmmm mais ou menos. Viemos aperfeiçoando isso ao longo de nossas viagens.