A acolhedora cidade de Padova

Ir para Veneza, mas ficar hospedados em Padova foi uma excelente opção que recomendo a todos. Primeiro porque os hotéis são bem mais baratos: ficamos em um 4 estrelas (Hotel Galileo Padova) e pagamos, pelo final de semana, o que pagaríamos por uma noite em Veneza. Compensa muito para o bolso! E o hotel era super bonitinho e confortável, com um farto café da manhã (que não está incluso na diária, mas é bem gostosinho, com muitas variedades) e uma equipe bastante atenciosa. Além disso, era bem localizado: mais ou menos 15 minutos de caminhada e você está na estação.
 
Segundo porque, talvez por não ser tão turística, é uma cidade bem mais acolhedora. Tinha lido que o povo veneziano é um pouco mal-educado com os turistas e experimentamos um pouquinho disso, especialmente nos restaurantes. Em Padova, isso foi bem diferente. Sem contar o hotel e a estação, conhecemos apenas 3 lugares de Padova, mas que nos deram uma excelente impressão da cidade e nos trará sempre boas lembranças. Como não tirei foto do hotel, peguei uma do site que não mente quanto às instalações. #ficaadica
 
No domingo, desistimos de jantar em Veneza e pegamos um trem para Padova por volta das 20h30. Quando chegamos a Padova, chovia e eu dava tudo por um banho antes do jantar. Pegamos um táxi da estação para o hotel, guardamos as comprinhas que havíamos feito, tomamos um banho e pedimos uma sugestão de restaurante na recepção do hotel. O simpático italiano nos deu duas opções: uma churrascaria brasileira (sim, isso mesmo) e um restaurante tipicamente italiano no centro da cidade. Os conterrâneos que nos desculpem, mas estávamos na Itália e queríamos comer MASSA! Então nos dirigimos ao restaurante italiano.
 
Enfrentamos algumas dificuldades para localizá-lo, pois a rua estava passando por obras e tinha um trecho interditado. Outro problema que não estamos acostumados: sair de carro pela Europa não é tão simples assim: estacionar pode ser um grande empecilho, principalmente com chuva. O estacionamento pago que tinha por perto não era tão perto assim. Nas imediações, proibido estacionar. Arriscamos e colocamos o carro perto do restaurante, no trecho interditado pelas obras. Deu certo.
 
Chegamos ao restaurante por volta de 22h30 e estava praticamente vazio: apenas uma mesa terminava sua refeição. Mesmo assim, fomos muito bem recebidos pelo garçom que gentilmente nos avisou que, devido ao horário, somente as pizzas do cardápio estavam disponíveis, os demais pratos já não eram mais possíveis. Por nós, tudo bem. Àquela altura da noite e com a fominha que batia, fomos de pizza mesmo. Por sinal, deliciosa! Pedimos um vinho para acompanhar. E ao terminarmos a refeição e continuarmos com o vinho, ninguém nos apressou para ir embora porque o restaurante estava fechando – e estava! Alguns funcionários limpavam o salão ao lado, outros já faziam sua refeição em uma mesa nos fundos, mas ninguém nos apressou. Ao contrário, fomos extremamente bem tratados. Adoramos o restaurante e super recomendo pra quem for a Padova. Sem contar que a pizza estava deliciosa – e o preço foi melhor ainda!
 
No dia seguinte, acordamos cedo, fizemos o check-out do hotel e rumamos para a Basílica de Santo Antônio já com o carro pronto para pegar estrada. Tínhamos planos de algumas paradas e não queríamos chegar tarde em Vevey. Então dispensamos o café da manhã do hotel e fomos direto para a Igreja.
 
Não tenho palavras para descrever a emoção dessa visita. Claro que as fotos não são permitidas, mas como comprei um livro-guia da Basílica, vou colocar algumas fotos de fotos do livro, além da fotos que tiramos da parte externa, ao fundo (de frente é mais difícil, então coloco também foto do livro para ilustrar).
 
Além da Basílica ser maravilhosa, com pinturas e esculturas divinas, conhecer mais sobre a história de Santo Antônio foi simplesmente fantástico e emocionante! As esculturas da capela onde estão sepultados seus restos mortais relatam alguns de seus milagres. A capela com as relíquias é de arrepiar e é impossível não se impressionar com sua língua intacta, mesmo depois de 750 anos. 
Santo Antônio teve uma vida tão impressionante que sua canonização se deu pouco depois de sua morte. Em 1263, foi feito o primeiro reconhecimento do corpo na presença de autoridades vaticanas: “O corpo tinha virado pó, só estavam os ossos. Mas a língua estava intacta (…) A língua, como toda as partes moles do corpo, é uma da primeiras que se decompõem. O fato de ela ter permanecido intacta foi interpretado como um sinal de Deus, que quis preservar essa língua, visto que Santo Antônio era conhecido por ser um grande pregador”(Padre Alessandro Ratti). Para quem quiser saber mais detalhes, fica a dica de um outro site com relatos da última exposição dos restos do corpo de Santo Antônio, em 2010.
Tomamos nosso café ali em frente à Basílica mesmo e passamos pela Piazza Prato della Valle para algumas fotos. A Piazza fica atrás da Basílica e os guias turísticos não mentem: é uma das mais belas! Uma imagem sensacional para nos despedirmos da cidade que nos acolheu por três dias e nos trouxe mais sobre a história do tão querido Santo Antônio. Deixei Padova com um gostinho de quero mais, mas era preciso voltar. E ainda tínhamos Verona para conhecer antes de regressarmos à Suíça… Mas isso eu conto no próximo post! Arrivederci, mais uma vez, e voilà!
 

3 comentarios en “A acolhedora cidade de Padova

  1. Anônimo

    Como é bom viajar com você, netinha..Com você nos alegramos, nos emocionamos, ficamos bravos com as grossuras(restaurante)… E ficamos louquinhos para o próximo capítulo . Beijos.

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  2. Anônimo

    Linda!!! Muito m, gatinha…eu e a Maria Lélis estamos esperando o próximos post…hehehe…beijinhos da mammy

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