Gravidez na Suíça: a descoberta

Esta semana estou recordando a minha última semana de gestação, então vou contar para vocês aqui a minha saga de pré-natal até o momento do parto. Sim, há exatamente um ano eu vivia os últimos dias de gravidez, a reta final pela espera da minha princesa Giovanna. E decidi lembrar tudinho aqui no blog pra dividir com vocês.

No dia 13 de julho de 2015 eu entrava na 40a semana de gestação, mas eu vou voltar lá no início e começar contando como eu descobri minha gravidez. Era novembro de 2014 e estávamos em viagem pela Hungria e Áustria. Eu fui preparada para menstruar, pois nem imaginava que pudesse estar grávida. Na terça tive um leve sangramento, mas não desceu… Continuei sem imaginar a gravidez, pois isso era super normal pra mim. Eu não estava tentando engravidar, mas também já não estava mais prevenindo. Em setembro, tive um atraso menstrual que não foi nada, o que fez esse de novembro não chamar tanto a minha atenção. No domingo, ainda em Vienna, acordei com muita dor nos seios. E nada da minha menstruação vir… Resolvi então verificar o calendário e me dei conta de que já estava há 7 dias atrasada. Bem, naquele atraso de setembro, eu também estava em viagem (quase não gosto de viajar, né? rsrs). Estava em Amsterdam com uma amiga e comentei com ela dos dias de atraso e da dúvida de estar grávida ou não. Ela me perguntou: “O que você sente?” Eu respondi que não sentia nada, apenas os seios pesados, mas como se eu fosse menstruar. “Não, Fer! Tô perguntando no seu coração. Você sente que está grávida?” Bem, nesse momento eu entendi o que ela quis dizer e disse: “Não, acho que estou só encanada”. Menstruei no dia seguinte. Mas voltemos a novembro. No domingo, dia 9 de novembro, voltamos pra Suíça e eu ainda sem falar nada pro meu marido. Na segunda, pela manhã, quando vi que ainda não havia descido e a dor nos seios era ainda maior, decidi comprar um teste de farmácia. Mas antes mesmo de sair de casa me lembrei na minha amiga me perguntando, lá em Amsterdam: “No seu coração, você sente que está grávida?” Nesse momento, me olhei no espelho e as lágrimas vieram! No meu coração, senti que eu estava grávida. Eu sabia que agora era pra valer e confesso que bateu aquele frio na barriga. Corri e comprei o teste, fiz o famoso xixi no palitinho e em menos de 5 minutos os dois risquinhos estavam lá. Fiquei igual uma barata tonta em casa. Não sabia o que fazer primeiro. Chorava igual boba, emocionada, feliz, um misto de sentimentos e sensações. Mandei uma foto do teste pra minha irmã (ela tinha que ser a primeira a saber). Em seguida, liguei no consultório do meu médico e consegui uma consulta pra dali a 1 hora. Chegando lá, a enfermeira colheu meu sangue e me pediu um exame de urina. Quando ele fez o ultrassom, não conseguiu ver nada nem ouvir o coração, mas disse que era perfeitamente normal considerando o tempo do meu atraso (eu devia estar bem no começo). Então ele disse pra que eu voltasse em 10 dias, mas me muniu de vários livros e panfletos sobre gravidez. E me aconselhou a ainda não falar para ninguém da gravidez. É que aqui na Suíça as pessoas não têm o hábito de divulgar uma gravidez antes dos 3 meses. E o próprio médico faz essa recomendação para a gestante. Mesmo assim, na volta pra casa, comprei um body e um doudou (como chamam as naninhas por aqui), embrulhei pra presente e colei o teste no embrulho. Acho que o ninguém que o médico se referia não incluía o marido, certo? À noite, quando ele chegou do trabalho, entreguei o pacote e disse: “Parabéns! Ao que tudo indica, você vai ser papai!” Ele ficou meio bobo, meio fora do ar, mas fez até um vídeo com o teste e os presentinhos! No fundo eu sei que ele estava tão feliz quanto eu. E então vivemos talvez os 10 dias mais longos de nossa vida! No dia 20/11/14, lá fomos nós para a consulta decisiva (ficamos esse tempo todo sem contar pra ninguém da gravidez, só minha irmã que sabia). Que alegria quando o médico começou o exame e já pude ver que havia uma vida em mim! A emoção de ouvir os batimentos acelerados daquele minúsculo mas amado coração foi simplesmente indescritível! Naquela noite, dividimos nossa alegria com a família no Brasil. E a aventura começou! Eu estava grávida, gravidíssima… E começava a conhecer o maior amor do mundo!

PS: Escolhi colocar como foto destaque deste post uma foto minha em Vienna. Eu já estava grávida e não sabia. Mas depois de descobrir, a viagem pra Vienna tornou-se ainda mais especial. Logo recordarei essa viagem com vocês lá no Antes da Maternidade, ok?

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