O sábado (terceiro dia em Dubai) foi dedicado a conhecer Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes. Se vocês pensam que Dubai tem dinheiro, imaginem Abu Dhabi. Pra vocês terem uma ideia, o Burj Khalifa, embora esteja em Dubai, pertence ao sheik de Abu Dhabi…
Mas vamos à nossa visita: a distância entre as duas cidades é de mais ou menos uma hora de carro. É muito interessante observar a diferença que uma tem da outra já no momento que mudamos o que chamaríamos de limite de município. Abu Dhabi investiu ainda mais na arborização e deixou todos os seus canteiros bem bonitinhos, floridos, verdinhos. A sensação de se estar numa área desértica é bem menor. O nosso destino em Abu Dhabi era a Mesquita de lá, um grande templo muçulmano. A construção é simplesmente impressionante e vale a visita, que é gratuita. Porém, existem algumas regrinhas para a visita e já vou listar aqui para vocês:
1o) Mulheres não podem mostrar os cabelos nem os ombros. Ou você vai com um lenço ou terá que pegar uma burca – que eles emprestam – para poder entrar. Na verdade, a burca será necessária dependendo da roupa que você estiver usando, então, minha dica é que, para não ter erro, pegue a burca emprestada. Além do mais, é uma “chance” de experimentar o traje típico muçulmano, certo? Para retirar a burca você vai precisar deixar um documento que você pega de volta ao devolvê-la.
2o) No corredor da entrada da Mesquita, há algumas estantes onde você deve deixar seus sapatos, pois não é permitido entrar no templo calçado. As prateleiras são numeradas e seu sapato estará lá quando você voltar, pode ficar tranquilo. Memorize o número da prateleira pra facilitar sua busca na saída. E fique atento ao lugar para deixar seus sapatos antes da porta de entrada, pois os guardas não são muito gentis ao chamar a atenção de quem esquece de tirar os sapatos (nós assistimos a uma chamada de atenção quando estávamos saindo).
3o) Acabei de falar que eles não são gentis ao chamar a atenção, certo? Então, além de assistirmos à chamada que o guarda da porta deu em um grupo que ainda estava calçado, nós também levamos uma bronca, mas o motivo foi outro. Na empolgação de tirar fotos, marido me abraçou no nosso primeiro clique na entrada da mesquita. Rapidinho veio um dos seguranças dizer que manifestações públicas de afeto são proibidas. Ops! Foi mal… Então fica a dica: nada de abraços e beijinhos, nem pra tirar foto, ok? Mas as fotos de dentro da mesquita são permitidas e aqui coloco algumas para vocês (do lado de fora também, claro!).
A visita na Mesquita é rápida, o que leva tempo mesmo são as fotos, pois é tudo tão bonito que a gente quer fotografar cada detalhe, cada cantinho. Como já disse, pegamos leve nos passeios para não sobrecarregarmos nossa pequena tripulante. Então voltamos para casa para terminar o dia com um delicioso churrasco que os maridos já não viam a hora de fazer (programa preferido deles desde sempre). E o resto do dia foi pra curtir os amigos e colocar o papo em dia (sim, a gente ainda tinha muuuuuito pra conversar!). E vou dizer sem medo que foi a melhor coisa que fizemos. Além de curtir os amigos, poupamos a Giovanna mais uma vez e ela deu uma bela de uma soneca de duas horas (coisa que em casa é raridade!). Mais tarde ela teve um pouco de febre (a otite voltaria dentro de alguns dias), o que fez com que pegássemos mais leve também no domingo.
A programação era passarmos o dia na praia e ver o pôr-do-sol na famosa Palmeira Jumeirah. Mudamos o roteiro para irmos a um outro shopping (dessa vez um outlet de deixar qualquer mulher louca!) e fizemos o passeio na praia de uma forma mais rápida só para conhecer mesmo e tirarmos algumas fotos do famoso Burj Al Arab, aquele hotelzinho 7 estrelas cartão-postal de Dubai, sabem? De lá passeamos de carro pela Palm Jumeirah com direito a aula de turismo do nosso anfitrião. Momento wikipedia: A Palm Jumeirah (Palmeirinha) é a menor das três ilhas que formam a “Palm Islands”, arquipélago artificial em forma de palmeiras. Está localizada sobre a área costeira de Jumeirah, em Dubai, sendo, junto com as outras ilhas do complexo, as maiores ilhas artificiais criadas pelo homem. A Palmeira Jumeirah está construída em forma de uma árvore de palmeira e consiste em três partes: um tronco, que tem mais de 2 km de extensão e comporta grandes prédios residenciais e também hotéis de luxo; uma coroa com 17 copas (nas copas, apenas casas residenciais, cada uma com sua praia privativa, ok?) e uma ilha circundante crescente que formará uma barreira às ondas. É nessa ilha que ficam os hotéis mais luxuosos de Dubai, dentre eles o Atlantis, que tem até um parque aquático dentro.
A caminho da Palmeira, a gente passa em frente às casas da família do sheik. Impossível descrever! Saí de Dubai com uma definição: o lugar é a ostentação em forma de cidade. Tudo de mais luxuoso você encontra ali. As casas, os carros (é muito comum ver limousines no trânsito), os hotéis 7 estrelas… enfim, luxo é o que não falta nessa cidade. Mas desfrutar desse luxo já é outra história, né?
Para fechar esse relato de viagem, enfrentei um pequeno (grande) choque cultural: a amamentação. Quando fomos, embora Giovanna já estivesse comendo uma coisa ou outra, a amamentação ainda era (acho que ainda é) sua principal refeição. Ela não mama mamadeira, só meu peito. Então vocês já podem imaginar de que choque cultural estou falando, né? Embora a cidade seja turística e mais neutra com as regras da religião, eu não quis arriscar de colocar o peito pra fora em qualquer lugar, e isso dificultou um pouco em alguns momentos. Nos shoppings, tudo é muito organizado e os trocadores – que ficam ao lado dos banheiros – têm poltronas para as mamães poderem amamentar suas crias (porém somente alguns banheiros têm trocadores do lado). Mas e quando sua filha quer mamar e esse benditos trocadores estão do outro lado do shopping? Bem, eu acabei dando meus pulos, mas confesso que ficava apreensiva e um pouco tensa pra fazer isso. E embora eu tenha adorado Dubai e ter feito este passeio com a Giovanna, acho que teria sido melhor fazê-lo em outra época. Portanto, fica minha dica: se você ainda amamenta, segure mais um pouquinho e deixe para conhecer Dubai em uma outra oportunidade. Não me arrependo de forma alguma de ter ido e ainda acho que foi uma viagem fantástica como disse no primeiro post. Mas pela minha experiência, essa é a minha recomendação às mamães que amamentam. Esperem o desmame pra conhecerem Dubai um pouco mais relaxadas com a situação. E no mais, aproveitem pra apreciar a cidade das grandezas! Gostou da nossa viagem? Tem algo a partilhar sobre Dubai? Deixe nos comentários que será um grande prazer para nós! Até a próxima e… voilà!
Ola! Moro em Dubai ha 13 anos e realmente vale a pena conhecer… amei seu relato e ficou bem fidedigno! E realmente por ser tao visitada, algumas coisas ainda chocam mts, o q nao deveria acontecer mas afinal, cultura e cultura!
Oieee com quantas semanas você foi a Dubai? Eu estou querendo ir mas estou receiosa, vou estar com 26 semanas!
Oi Natalia! Na verdade estive em Dubai já com a Giovanna pequena, ela estava com 8 meses. 🙂