Primeira Viagem

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Sempre disse que passaria aos meus filhos nossa paixão por viajar. Digo nossa porque trata-se de uma paixão compartilhada com o marido (dentre várias). E a melhor forma de transmitir essa paixão é viajando com eles. Por isso, não tardamos em marcar nossa primeira viagem com a Giovanna. Afinal, passaporte foi o primeiro documento que ela teve, né? Vai ter que ser viajante querendo ou não! Rsrs Depois daquele período tenso de adaptação e duas viagens do marido com ela ainda tão pequena, tiramos alguns dias para ficarmos em família e o destino não poderia ser melhor: Itália. Giovanna tinha acabado de completar dois meses, então optamos por uma viagem de carro para um local mais próximo. O marido queria ir para o sul da França, mas depois me agradeceu (e muito!) por mudar o roteiro. Isso porque da cidade em que moramos, na Suíça, até Nice (cidade escolhida como base no sul da França) o tempo de viagem estimado é de uma média de 5 horas de carro. Falei que era muito tempo para viajar com um bebê tão pequeno, que se pegássemos trânsito a viagem se tornaria um caos, dentre outros inconvenientes. Marido concordou (depois de muito argumentar) e acabamos escolhendo Stresa, na Itália, uma cidadezinha às margens do Lago Maggiore, lago que é 80% italiano e 20% suíço. Tempo estimado de viagem: 3 horas. Tempo que de fato gastamos: 6 horas! Tá explicado porque o marido tanto agradeceu a mudança, né? Se tivéssemos optado por 5 horas de viagem, teríamos gasto 10, o que seria ainda mais cansativo. Mas por que gastamos o dobro de tempo? Porque quando se viaja pela primeira vez com um bebê, a viagem é cheia de erros e acertos. E são esses erros e acertos que vou dividir com vocês. O primeiro grande erro foi acharmos que poderíamos sair num horário bom para nós. Sem querer ser aquela chata que sempre fala “eu avisei”, mas eu avisei ao marido que seria bom esperarmos ela fazer o cocô matinal (na época ela era um reloginho!), dar o banho, peito e aí sim pegar a estrada. Mas ele não quis me ouvir e acelerou o processo de saída: “Vamos logo que ela dorme no carro!” Doce engano. Rodamos menos de 20 minutos e ela estava aos prantos. Queria mamar mais. Teoria de Fernanda: sempre que damos o peito com pressa, a criança sente isso e não mama o suficiente. Foi o que aconteceu antes de sairmos de casa. Então, ao rodarmos poucos minutos, o balanço do carro trouxe sono, mas a fome também estava ali. Sem falar que a Giovanna se acostumou a dormir no peito. Sei que muitos criticam isso, mas eu não me importo. Adotei a filosofia de que ela vai crescer e isso vai passar. Ela não pegou chupeta, então ela “chupeita” pra dormir. Mas voltemos ao trajeto Vevey-Stresa. Paramos em um posto e dei o peito. Logo ela dormiu e seguimos viagem por… 40 minutos! Ela acordou e tinha feito cocô. E lá fomos nós para a segunda parada com menos de uma hora de quilômetros rodados. Marido então começou a agradecer a mudança do roteiro e resolveu relaxar. Aproveitamos a parada para lanchar e tirar algumas fotos. Fralda trocada e barrigas cheias, lá vamos nós de novo. Não me lembro mais quanto tempo rodamos até a próxima parada. Mas sei que no total foram 6 pit-stops até finalmente chegarmos ao hotel em Stresa. Lição que tiramos disso tudo? Precisamos, em certos momentos, respeitar o tempo do bebê. De nada adianta termos pressa e tentarmos pular algumas etapas. A prova disso foi que aplicamos esta teoria na viagem de volta e fizemos apenas duas paradas. Saímos de lá depois do cocô e de um belo banho seguido de mamada. Resultado: ela dormiu por duas horas direto, o que nos fez render a viagem. Fizemos então uma parada longa para almoço e troca de fraldas e ela caiu no sono novamente. Paramos mais uma vez quase chegando em casa (faltava mais ou menos uma hora) e seria o retorno perfeito se não tivéssemos enfrentado um trânsito daqueles quando retornamos à estrada. Foram 40 minutos praticamente parados, o que fez com que o caos novamente se instalasse, mesmo eu gastando todo o meu estoque de músicas e vídeos possíveis para distraí-la. Mas estávamos chegando em casa e no final deu tudo certo. Giovanna curtiu seu espaço de brincar assim que entramos em nosso lar (nessas horas, a casa vira lar mesmo!) e dormiu como um anjo naquela noite. Bem, mas e Stresa? Vou contar no próximo post, porque esse já ficou gigante só com o relato da estrada. Fica uma foto pra aguçar a curiosidade. Voilà!

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